Acessibilidade em debate
Cotidianamente estamos expostos às diversas e inusitadas situações da vida. Nunca pensamos em limitações físicas, regressos ou quaisquer situações
trágicas. Estaríamos prontos a encarar uma deficiência?
Convivemos com situações variadas no decorrer do tempo. As
deficiências, por exemplo, estão presentes em todos os locais. É nosso dever,
enquanto cidadãos colocarmo-nos no lugar dos que possuem limitações (por
questões físicas ou mentais) para que possamos ter a real noção de suas
necessidades. Atitude esta que, por consequência, nos faria dar maior valor à
própria existência. Neste mundo, alguns consideram a aparência primordial,
enquanto o mais real e valioso está no intelecto, no ser em si. No mais, somos
todos iguais. A indignação surge quando todos insistem que nós, os limitados por tais
condições, nos misturemos à sociedade dita “normal”. Por isso lhes pergunto:
dão-nos condições para isso? São raros os locais adaptados de forma correta,
como previsto na lei nº 10.098 de dezembro de 2000.
Normalmente deparo-me com a falta de banheiros adaptados, por
descumprimento da norma. Suponho que os projetores não tinham a
informação correta, pensam que banheiro adaptado só precisa ter o sanitário
mais elevado e alguns varões ao redor, enquanto esquecem de observar o
artigo 6º da lei já citada, que diz:
“Os banheiros de uso público existentes ou a construir em
parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão
ser acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um
lavatório que atendam às especificações das normas
técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).”
Cotidianamente estamos expostos às diversas e inusitadas situações da vida. Nunca pensamos em limitações físicas, regressos ou quaisquer situações
trágicas. Estaríamos prontos a encarar uma deficiência?
Convivemos com situações variadas no decorrer do tempo. As
deficiências, por exemplo, estão presentes em todos os locais. É nosso dever,
enquanto cidadãos colocarmo-nos no lugar dos que possuem limitações (por
questões físicas ou mentais) para que possamos ter a real noção de suas
necessidades. Atitude esta que, por consequência, nos faria dar maior valor à
própria existência. Neste mundo, alguns consideram a aparência primordial,
enquanto o mais real e valioso está no intelecto, no ser em si. No mais, somos
todos iguais. A indignação surge quando todos insistem que nós, os limitados por tais
condições, nos misturemos à sociedade dita “normal”. Por isso lhes pergunto:
dão-nos condições para isso? São raros os locais adaptados de forma correta,
como previsto na lei nº 10.098 de dezembro de 2000.
Normalmente deparo-me com a falta de banheiros adaptados, por
descumprimento da norma. Suponho que os projetores não tinham a
informação correta, pensam que banheiro adaptado só precisa ter o sanitário
mais elevado e alguns varões ao redor, enquanto esquecem de observar o
artigo 6º da lei já citada, que diz:
“Os banheiros de uso público existentes ou a construir em
parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão
ser acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um
lavatório que atendam às especificações das normas
técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).”
Existem ainda inúmeras alterações arquitetônicas que nem sempre
estão corretas, como exemplo, as rampas de acesso as calçadas com
inclinações exageradas. Outras questões ainda são valhas na discussão: uma cadeira de rodas
não é como uma bicicleta, com a qual o individuo pode viver sem, pois é o meio
de locomoção do deficiente. Por que custar tão caro? A carga tributária deveria
ser reduzida ao máximo, justamente por ser algo indispensável. A bicicleta,
considerada objeto supérfluo, custa em média R$ 600,00 reais. Enquanto a
cadeira de rodas, que é instrumento básico nas necessidades diárias do
deficiente, custa em torno de R$ 2.000,00 reais (sem motorização). O
tetraplégico: aquele que não tem movimento nos membros superiores,
necessitará de uma cadeira motorizada e vai ter de dispor de, em média, R$
8.000,00 reais. Diante disso surge outra pergunta, será que todos possuem
condições de adquiri-la?
Deixar de caminhar e correr para tocar rodas, não é algo desejado.
Entretanto, são nos momentos em que nos deparamos com situações
constrangedoras, que enxergamos a possibilidade de solucionar alguns problemas. A independência é conquistada diariamente através dos obstáculos
que vencemos. Nos momentos de desespero procuramos tudo e todos. E
pasmem, mesmo nestas ocasiões existirão seres capazes de te passar para
trás. Em contrapartida, muitos outros ficarão ao seu lado.
A constituição de 1988 garante o Direito de ir e vir, à igualdade e à
dignidade humana. Essa temática precisa de palco. As leis existem, mas para
que sejam cumpridas, é necessário socializar a compreensão das reais
necessidades enfrentadas no cotidiano de quem tem alguma limitação.
Todos temos limitações independente de deficiência, e isto não nos
impede de estudar, trabalhar, viajar, namorar ou até mesmo dirigir. Estar
sentado em uma cadeira de rodas para muitos pode parecer o fim, pode gerar
uma visão total de impossibilidades. Contudo, para outros, em igual ou pior
situação, pode ser completamente normal, com todos os direitos que pessoas
ditas “normais” têm. Portanto, sejamos humildes, afinal somos semelhantes.
Felipe Fachinello.
estão corretas, como exemplo, as rampas de acesso as calçadas com
inclinações exageradas. Outras questões ainda são valhas na discussão: uma cadeira de rodas
não é como uma bicicleta, com a qual o individuo pode viver sem, pois é o meio
de locomoção do deficiente. Por que custar tão caro? A carga tributária deveria
ser reduzida ao máximo, justamente por ser algo indispensável. A bicicleta,
considerada objeto supérfluo, custa em média R$ 600,00 reais. Enquanto a
cadeira de rodas, que é instrumento básico nas necessidades diárias do
deficiente, custa em torno de R$ 2.000,00 reais (sem motorização). O
tetraplégico: aquele que não tem movimento nos membros superiores,
necessitará de uma cadeira motorizada e vai ter de dispor de, em média, R$
8.000,00 reais. Diante disso surge outra pergunta, será que todos possuem
condições de adquiri-la?
Deixar de caminhar e correr para tocar rodas, não é algo desejado.
Entretanto, são nos momentos em que nos deparamos com situações
constrangedoras, que enxergamos a possibilidade de solucionar alguns problemas. A independência é conquistada diariamente através dos obstáculos
que vencemos. Nos momentos de desespero procuramos tudo e todos. E
pasmem, mesmo nestas ocasiões existirão seres capazes de te passar para
trás. Em contrapartida, muitos outros ficarão ao seu lado.
A constituição de 1988 garante o Direito de ir e vir, à igualdade e à
dignidade humana. Essa temática precisa de palco. As leis existem, mas para
que sejam cumpridas, é necessário socializar a compreensão das reais
necessidades enfrentadas no cotidiano de quem tem alguma limitação.
Todos temos limitações independente de deficiência, e isto não nos
impede de estudar, trabalhar, viajar, namorar ou até mesmo dirigir. Estar
sentado em uma cadeira de rodas para muitos pode parecer o fim, pode gerar
uma visão total de impossibilidades. Contudo, para outros, em igual ou pior
situação, pode ser completamente normal, com todos os direitos que pessoas
ditas “normais” têm. Portanto, sejamos humildes, afinal somos semelhantes.
Felipe Fachinello.
O ideal as vezes me parece está tão longe dos princípios de um ser humano! Vai ver que é por isso que estamos sempre beirando a loucura. Maravilhosa observação Felipe Fachinello. Concordo com vc em gênero e grau.
ResponderExcluiraaaaaaaaaê o meu texto correndo o brasil! =D
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